domingo, 18 de abril de 2010

EU

EU RABISCO O SOL, QUE A CHUVA APAGOU

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Prisioneiros de suas mentes




Hoje, por volta da tarde, fui a um consultório psiquiátrico fazer uma consulta. Não que eu esteja passando por nenhum trasntorno bipolar ou algo do genêro, na verdade tratava-se apenas de alguns exames pré admissionais que eram obrigação fazê-los.
Cheguei por volta de duas da tarde, e na sala de espera sentei-me, e observei cada detalhe daquele recinto.
Uma secretária, bem educada. No canto da sala havia uma escada que dava para um andar superior onde a psiquiatra levava seus clientes para a sala. Enquanto aguardava a minha vez, comecei a prestar atenção naqueles que estavam ali a minha volta. Figuras normais, uma moça muito bela, alta, olhos verdes e um belo par de cochas. Ela estava acompanhada de uma senhora que aparentemente era sua mãe. Fiquei me perguntando qual delas estava buscando ajuda psquiatrica. E o que seria? TOC? Hipersexualidade? Cleptomania? Mitomania?
Enfim, nao tive resposta e muito menos me atreveria a me perguntar pois nao era de minha conta. Passando o olhar pela sala, vi duas figuras tbm aguardando serem atendidas. Eram dois homens, jovens. Seus olhares pareciam transtornados e apáticos ao mesmo tempo. Como se estivessem co vergonha, ou medo de algo. Novamente me perguntei o que será que acontecia com aqueles jovens. Pensei muito neles.
Quando entrei na sala da médica, gostei do ambiente, uma sala pouco iluminada, sofás confortáveis e um tapete com algumas almofadas para alguém deitar se fosse necessário. Na estante havia alguns comprimidos, ou melhor, vários comprimidos. Os mais variados tamanhos e marcas.
Amigos, pensei comigo. A pior doença é a doença da mente. Quando ficamos escravos dos nossos mundos, medos, traumas, acabamos perdendo o nosso chão. Bob Marley, certa vez disse "os homens pensam que possuem uma mente, mas a mente é quem os possui". E de fato é. Nesse momento, senti admiração pela médica e sua dedicação (tudo bem que ela estava recebendo 80 reais por consulta), mas e quantas outras médicas, psiquiatras e psicologos prestam serviços em comunidades de graça?
Senti mais admiração ainda pelos anônimos, fiiguras que nao tem nenhum diploma, mas que têm prazer em ouvir os dramas e as aflições de seu semelhante com muita atenção, carinho, e vontade de contribuir para uma melhora. Esses são os que chamamos de amigos. Quantos desses estão espalhados por aí só esperando o chamado de alguém do outro lado da linha do telefone:


- Amigo, preciso de você.
- Aguarde, daqui a pouco estou passando aí.

E os que passam a madrugada no msn, conversando, e tentando de algum modo ajudar outra pessoa que está do outro lado do pc? eu mesmo já conheci uma pessoa assim, que dedicava parte do seu tempo em ouvir-me.
Espero que aquela bela mulher, a senhora, e os dois rapazes, seja lá pelo que estiverem passando, consigam superar, deixando de ser escravos de suas mentes.
Todos um dia venceremos. Sem exceções. A felicidade espera cada um de nós, e mais rápido ainda para aqueles que tem a humildade de pedir ajuda.
Sayonará!.....

domingo, 4 de abril de 2010

ORFÃOS DO CRACK




No último domingo (que por sinal era páscoa), como de costume, sentei-me em meu sofá, com a leve esperança de encontrar alguma programação atrativa na TV, mesmo sabendo que tal busca fosse talvez utópica.

Porém, algo chamou-me bastante a atenção. Tratava-se de uma reportagem sobre um casal de viciados em crack que por conta da dependência da droga abandonaram seus dois filhos em um lixão. Um menino, de um ano de idade junto com uma menina de alguns poucos meses. As crianças foram encontradas por uma funcionária da guarda municipal de São Paulo. O pai, fora preso horas seguintes e ainda estava nitidamente sob efeito da droga, enquanto a mãe (menor de idade – 17 anos) fugiu e até agora ninguém tem notícia.
Fico impressionado com o bombardeio de notícias desse tipo, a quantidade de lares que são destruídos a todo instante, quantas famílias perdendo seus filhos, e o mais triste: quantas crianças indefesas sendo abandonadas por seus pais em troca de instantes de prazer oriundos de uma substância.
Tal atitude (o abandono da cria) de tão absurda que é, chega a ser dificilmente encontrada até no mundo animal. Enquanto a nossa volta passa a virar rotina. Nós, que somos tidos como animais racionais.
Fica o apelo ao poder público, pela observância e atenção especial para um fato que já virou caso de saúde pública. Porque ninguém em sã consciência iria jogar um filho em um lixão, e quando se chega a tal ponto é a maior prova de que a situação merece uma atenção especial. Abordar viciados como criminosos, espancá-los, além de desumano, não surte efeito nenhum. Infelizmente o buraco é bem mais em baixo...
quanto as duas crianças, espero que consigam pais adotivos um dia que possam dar a elas toda atenção, carinho, amor e respeito necessário ao desenvolvimento de todo ser humano, sem exceções.
Até...

sábado, 3 de abril de 2010

Necessidade





O que era brincadeira, transforma-se em seriaedade. Surge aí o sentimento, o apego à figura e ao que ela representa. Claro que tu se tornou essencial para mim! como negar isso?
Mas aquilo que é importante, acaba não sendo tratado com a atenção especial e devida. E surge a necessidade do desapego, que nada mais é que nossos anticorpos entrando em ação com o intuito de nos protejer do que pode a vir ser uma ameaça.
Mas vem em seguida a duvida trivial complexa (o paradoxo foi proposital) : Como acertar a hora correta de "desligar-se"?
Como apertar o "off" sem se perguntar "será que eu deveria ter esperado mais um pouco?", "será que fui precipitado(a) em dar um basta radical?"
Amigos, como diria o compositor, "cuide bem do seu amor, seja quem for".
Cuidem, amigos! Pois nesse mundo de superficialidade, sentimentos sinceros não se encontram nas esquinas, então saiam dessa cadeira de balanço mental e comecem a agir. Reguem seus relacionamentos com a importância que eles merecem, errou? Concerte! Não dá mais para concertar? Ao menos então use a palavra mágica e peça desculpas.
Só nao caiam na salgada ilusão de que receber um "sim" já é suficiente para não precisar mais prestar atenção em quem está do seu lado.
Não deixem que sentimentos livres e sinceros sejam substituídos por receios e o boa e velha necessidade de desapegar-se.
Cuidem bem!