segunda-feira, 5 de abril de 2010

Prisioneiros de suas mentes




Hoje, por volta da tarde, fui a um consultório psiquiátrico fazer uma consulta. Não que eu esteja passando por nenhum trasntorno bipolar ou algo do genêro, na verdade tratava-se apenas de alguns exames pré admissionais que eram obrigação fazê-los.
Cheguei por volta de duas da tarde, e na sala de espera sentei-me, e observei cada detalhe daquele recinto.
Uma secretária, bem educada. No canto da sala havia uma escada que dava para um andar superior onde a psiquiatra levava seus clientes para a sala. Enquanto aguardava a minha vez, comecei a prestar atenção naqueles que estavam ali a minha volta. Figuras normais, uma moça muito bela, alta, olhos verdes e um belo par de cochas. Ela estava acompanhada de uma senhora que aparentemente era sua mãe. Fiquei me perguntando qual delas estava buscando ajuda psquiatrica. E o que seria? TOC? Hipersexualidade? Cleptomania? Mitomania?
Enfim, nao tive resposta e muito menos me atreveria a me perguntar pois nao era de minha conta. Passando o olhar pela sala, vi duas figuras tbm aguardando serem atendidas. Eram dois homens, jovens. Seus olhares pareciam transtornados e apáticos ao mesmo tempo. Como se estivessem co vergonha, ou medo de algo. Novamente me perguntei o que será que acontecia com aqueles jovens. Pensei muito neles.
Quando entrei na sala da médica, gostei do ambiente, uma sala pouco iluminada, sofás confortáveis e um tapete com algumas almofadas para alguém deitar se fosse necessário. Na estante havia alguns comprimidos, ou melhor, vários comprimidos. Os mais variados tamanhos e marcas.
Amigos, pensei comigo. A pior doença é a doença da mente. Quando ficamos escravos dos nossos mundos, medos, traumas, acabamos perdendo o nosso chão. Bob Marley, certa vez disse "os homens pensam que possuem uma mente, mas a mente é quem os possui". E de fato é. Nesse momento, senti admiração pela médica e sua dedicação (tudo bem que ela estava recebendo 80 reais por consulta), mas e quantas outras médicas, psiquiatras e psicologos prestam serviços em comunidades de graça?
Senti mais admiração ainda pelos anônimos, fiiguras que nao tem nenhum diploma, mas que têm prazer em ouvir os dramas e as aflições de seu semelhante com muita atenção, carinho, e vontade de contribuir para uma melhora. Esses são os que chamamos de amigos. Quantos desses estão espalhados por aí só esperando o chamado de alguém do outro lado da linha do telefone:


- Amigo, preciso de você.
- Aguarde, daqui a pouco estou passando aí.

E os que passam a madrugada no msn, conversando, e tentando de algum modo ajudar outra pessoa que está do outro lado do pc? eu mesmo já conheci uma pessoa assim, que dedicava parte do seu tempo em ouvir-me.
Espero que aquela bela mulher, a senhora, e os dois rapazes, seja lá pelo que estiverem passando, consigam superar, deixando de ser escravos de suas mentes.
Todos um dia venceremos. Sem exceções. A felicidade espera cada um de nós, e mais rápido ainda para aqueles que tem a humildade de pedir ajuda.
Sayonará!.....

3 comentários:

  1. Sorte que eu também tenho um alguém que "escuta" minhas nóias e tá cmg a qualquer hora ... *-*
    Obrigado, seu adimirador de anonimomanimofilo ;*

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  2. Amor..para todo o sempre.

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