sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Amarras



Novamente, encontro-me aprisionado entre o concreto
da varanda, vê-se a lua, única e profunda companheira
e lá fora as pessoas passam em ritmo devagar
não pensam, não imaginam, apenas andam, conversam
mal sabem a dor dilacerante da insônia que atormenta alguns
surgindo explicações para os culpados: pais? amores? Deus?
ou somos sujeitos ativos responsáveis como um todo da nossa história?
mas a insônia acompanha, hora amiga, hora tariçoeira
quando se dá conta, já é amanhã, e volta-se a viver tudo outra vez
num ciclo inexplicável, inimaginável, interminável...
só me restando indagar: por que você me robou de mim?

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